O QUE ANDEI ASSISTINDO #01

 Eu não sou uma pessoa de assistir a muitos filmes e isso é algo que eu gostaria de mudar. Costumo rever muitos dos meus favoritos e acabo deixando os novos de lado - meu jeitinho -. No meu antigo blog, comecei um projeto muito legal de ver 1 Filme Por Semana  todo mês e fazer um post contando um pouco sobre eles. Durou alguns meses, não muitos, mas me diverti bastante fazendo e queria voltar a fazer coisas do tipo.

 Falar de filmes, pra mim, não é tão tranquilo quanto falar de livros, até porque não entendo muito do universo. Mas esses posts são mais uma forma de registrar e compartilhar as minhas impressões, nada muito aprofundado ou cheio de análises, só minha humilde opinião mesmo, hehe. 

 O momento em que eu vejo mais filmes é quando estou com Tom - meu namorado -, então nesse fim de semana que passou acabamos vendo alguns diferentes e vou contar pra vocês como foi a experiência.
 
ABE
Fernando Grostein Andrade
2019 - 1h25min
Disponível na Netflix
(clique aqui para ver o trailer)

  Esse é um filme com um elenco bem... improvável? Quando ouvi falar que juntava Noah Schnapp - o Will de Stranger Things - e Seu Jorge, fiquei muito intrigada, haha. O fato é que esse filme é uma produção brasileira, que se passa em Nova York e foca na vida do Abe, um garoto de 12 anos que sonha em seguir o caminho da gastronomia e acaba conhecendo Chico (Seu Jorge), chefe de um restaurante e que se torna seu "mestre".

 Fiquei bastante encantada com esse filme, não queria que acabasse. Confesso que meu namorado precisou insistir algumas vezes pra que eu finalmente topasse assistir, porque achei que seria algo cult ou sei lá, ficava com um pouco de preguiça ao pensar em ver. 

 Mas o filme é uma delicinha de assistir, o Noah Schnapp ficou incrível como Abe, muito natural e ele é extremamente carismático. Eu amei muito a mistura do Brasil com o Egito com os Estados Unidos - até acarajé e dadinho de tapioca o Abe prova no filme! Tudo bem que é um acarajé diferentão, mas achei tão legal -, Seu Jorge ficou demais no papel e temos alguns outros atores brasileiros coadjuvantes também na cozinha do restaurante.

 Além desse tema da cozinha, o filme ainda trata de um dilema na vida do Abe: seus avós paternos são palestinos muçulmanos e seus avós maternos são judeus israelenses, o que faz com que conflitos aconteçam com uma certa frequência e isso deixa o garoto extremamente dividido. Achei muito interessante acrescentarem esse tema no filme - lendo sobre isso, vi que foi algo inspirado na vida do próprio diretor -, só acabou que o filme trata de assuntos demais e a duração dele não foi suficiente pra resolver tudo de forma satisfatória, ficou um pouco corrido. Mas nada que tenha feito eu desgostar do filme, não mesmo.

THE HOUSE
2022 - 1h37min
Disponível na Netflix
(clique aqui para ver o trailer)
 
 Eu vi a Melina Souza comentar sobre esse filme no twitter e pá pum, eu e Tom já assistimos praticamente no mesmo dia e foi uma experiência bem doida. Ele reúne 3 histórias diferentes que se passam na mesma casa (alô, Vitor Martins?) em formato de animação e todas têm uma vibe bem bizarra e meio surreal, mas são cheias de simbologias.

 Na primeira história, temos uma família simples de pai, mãe e duas filhas. Um dia, o pai dessa família recebe a proposta de um misterioso homem que promete melhorar muito seu status e qualidade de vida: eles poderiam se mudar pra essa nova mansão que um tal arquiteto estava projetando. Eles acabam aceitando, deixam sua antiga casa e tudo fica muito esquisito e sombrio. A filha mais velha, Mabel, começa a perceber que algo não está certo e, na companhia de sua irmãzinha mais nova Isobel, tenta impedir que o pior aconteça. Achei sensacional o fato de que é feito todo em stop motion e com materiais super inusitados.
 
 Na segunda história, acompanhamos um personagem - que confesso não recordar se é um arquiteto, designer de interiores ou até corretor imobiliário - que está na busca de um possível comprador pra essa casa após terminar a atual reforma. Ele recebe alguns convidados para que conheçam o local, porém dois desses visitantes acabam ficando por tempo demais e insistem em não ir embora. Esse foi um dos que me deixou mais perturbada, hehe.

 Na terceira e última história - e acho que a mais cheia de simbologias -, conhecemos Rosa, moradora e dona dessa casa que está caindo aos pedaços, mas ela insiste em manter e tentar reformar o local. Esse traz um pouco do tema do apego, da dificuldade de deixar ir ou de abrir mão e é bem interessante. 

 Gostei de como são histórias curtas, mas impactantes e que acabam ficando na nossa cabeça. Cada uma tem seu estilo próprio, até porque são diretores diferentes, gosto muito do fato de se passarem no mesmo local. É uma boa pedida pra quem gosta de histórias sombrias, mas nem tanto, e que têm um quê surreal.

A VIDA MARINHA COM STEVE ZISSOU
Wes Anderson
2004 - 1h59min
Disponível no Star+
(clique aqui para ver o trailer, infelizmente não encontrei legendado)

 Por algum motivo, Tom resolveu que veríamos dois filmes com Seu Jorge no mesmo final de semana, e foi o que fizemos, hahaha. Na verdade, tínhamos visto O Grande Hotel Budapeste de Wes Anderson ainda nessa semana e adoramos - ele ainda mais do que eu -, então decidimos ver outras obras do diretor, foi assim que chegamos em A Vida Marinha com Steve Zissou. 

 Mas confesso que esse não me pegou não, fiquei bem entediada e parecia que não ia acabar nunca, infelizmente. Lembrando que eu sou bem chata com filmes, então não quero dizer que é ruim - até porque quem sou eu? -, mas não fez meu estilo. Ele conta a história de Steve Zissou, um explorador do fundo do mar famoso por seus documentários sobre o tema. Porém, sua vida anda meio bagunçada ultimamente, sua carreira não anda muito boa e em meio a esse e outros problemas um co-piloto aparece no meio da história alegando ser seu filho. 

 A gente vai acompanhar, então, uma das suas novas produções, que promete ser grandiosa, além da sua descoberta como pai. Aí você me pergunta: e onde entra Seu Jorge nessa história? Ele faz parte da tripulação e não tem muitas cenas importantes, na verdade passa a maior parte do tempo tocando e cantando - principalmente trilhas de David Bowie.

 Tem toques de comédia e estilo nas cenas que a gente percebe como típicos dos filmes de Wes Anderson - toques esses que eu curto bastante, aliás -. Mas, infelizmente, não curti muito o filme. 
 
ALERTA VERMELHO
Rawson Marshall Thurber
2021 - 1h56min
Disponível na Netflix
(clique aqui para ver o trailer)

 Por último, terminamos o domingo vendo um filme divertido e mentiroso, daqueles pra ver sem questionar o que é possível ou não - gosto, inclusive, hehe -. Aqui a história gira em torno da tentativa de John Hartley (Dwayne Johnson), um agente do FBI, de capturar O Bispo, conhecido como o maior ladrão de artes do mundo. De um jeito bem inusitado, ele acaba se juntando a outro criminoso da área, Nolan Booth (Ryan Reynolds), pra conseguir seu objetivo.

 O elenco desse filme é incrível, como dá pra ver na foto, tem até a maravilhosa Gal Gadot. Eu gosto demais do Dwayne Johnson e do Ryan Reynolds, ambos são muito divertidos e carismáticos, funcionam muito bem juntos. O filme tem um humor bem legal, a história é daquelas em que a gente só precisa ignorar o realismo, porque é tudo bem "quê?". Eu adoro assistir coisas sobre roubos de obras de arte ou, no caso, objetos mega valiosos e antigos.

 Eu nem vi o tempo passar assistindo e curti bastante o final, fui surpreendida. Recomendo pra quem quer ver algo divertido e que não exija do nosso cérebro, hehe.

 

Esses foram todos os filmes que vi nesse último fim de semana! Me diverti muito escrevendo esses post e já tô ansiosa pelos próximos. <3 Agora me conta: o que você andou assistindo ultimamente?

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2 COMENTÁRIOS

  1. Fiquei ainda maaais curiosa com The House! Vai furar a fila na frente de vários agora hahaha E "Alerta vermelho" certamente vai ser assistido em algum moomento também, pois... Filme de brutucu <3 Fazer o que se The Rock é um gigante adorável?
    Não costumo assistir taaaantos filmes também, mas adoro, então estou igualmente tentando manter um hábito semanal (às vezes eu falho kkkk mas tem sido um saldo positivo, em geral).
    O da semana passada foi "Três anúncios para um crime", um filme pra lá de esquisito, mas do qual eu sinceramente gostei. Nenhuma cena era esperada, um filme totalmente imprevisível, mas alguns pequenos detalhes das cenas davam pequenas pistas, o que eu adorei. Por ocasião de já querer assistir e está passando na TV, também vi "Um lugar silencioso – Parte 2", que é uma ótima continuação (uma boa surpresa, geralmente não curto as sequências). E enquanto não dava a hora deste último, reassisti John Wick (o 2), simplesmente a melhor franquia de cinema brucutu até hoje. Cinema brucutu, eu te venero! hahahah

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    1. Marooo <3 acho que você vai curtir The House! Filme de brucutu UHAUHAUH eu sempre dou risada dessa definição.
      Juro que verei John Wick, você me convenceu! Além dos outros filmes brucutu, hihi. E Um Lugar Silencioso eu tenho curiosidade de ver, porque parece super diferentão.

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